O número de denúncias contra locais que vendem alimentos, como bares, restaurantes, lanchonetes, açougues e supermercados, cresceu 17% em 2023 na cidade de Campinas, se comparado com o ano anterior.
Em 2022, a Vigilância Sanitária de Campinas recebeu 778 denúncias de irregularidades nesses locais. No ano passado foram 911. Desse total, 37 estabelecimentos foram interditados, a maioria por reincidência.
A coordenadora da fiscalização de alimentos em Campinas, Anne Dutra, explica que a interdição é a penalidade mais grave e, por conta disso, só é aplicada quando o estabelecimento não tem condições de funcionar, como quando são encontrados insetos e ratos, ou se é incapaz de armazenar produtos, por exemplo.
Comer produtos estragados ou de procedência duvidosa pode acarretar em diversos problemas para a saúde. A analista de marketing, Kelly Gonçalves, conta que já teve infecção alimentar por conta de algum alimento que não estava bem higienizado.
Até por isso, o Bruno Henrique Camargo, sempre escolhe bem onde vai comer. O vendedor explica que evita almoçar em restaurantes de rua que não aparentam estar seguindo as normas sanitárias.
Inclusive, a falta de higiene e os alimentos estragados lideram a relação das queixas, representando, juntas, 70% do total de denúncias. A lista com as cinco principais ocorrências inclui ainda a falta de boas práticas na manipulação de alimentos, venda de produtos irregulares e alimentos vencidos.
Entre as ocorrências registradas em 2023, uma fiscalização do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) que apreendeu, em fevereiro, 10 toneladas de carne em más condições de manipulação e armazenamento em um açougue na região central de Campinas, e uma ação no Aeroporto de Viracopos, onde quatro restaurantes foram interditados por conta de baratas, foram os destaques.
A população pode realizar denúncias e reclamações para a Vigilância Sanitária por meio do telefone 156.