A Prefeitura de Campinas anunciou que fará o manejo e esterilização das capivaras que vivem nos parques públicos da cidade. Serão duas licitações: uma para serviço médico veterinário de vasectomia dos machos e salpingectomia – remoção das tubas uterinas – das fêmeas, e outra para prestação de serviço de captura dos animais, alocação em uma área de manejo, alimentação diária e posterior devolução aos parques de origem.
O secretário do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Campinas, Rogério Menezes, destaca a importância de fazer o manejo das capivaras para o controle de população desses animais silvestres, que participam do ciclo de transmissão da febre maculosa.
Em 2022, foram confirmados 11 casos de febre maculosa em Campinas, 9 deles com transmissão no município, que resultaram em 7 mortes pela doença. No ano passado, foram 10 casos confirmados, 9 com transmissão no município e também com 7 óbitos.
Durante o procedimento, as capivaras que vivem livremente nos parques públicos serão capturadas, e depois, devolvidas aos parques de origem.
O manejo ainda precisa ser autorizado pelo Governo do Estado, e abrangerá 10 parques públicos de Campinas: Lago do Café, Lagoa do Taquaral, Parque das Águas, Lagoas do Comando do Exército, Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim, Lagoa do São Domingos, Parque Ecológico do Jambeiro, Lagoa da Escola de Cadetes, Parque Linear Ribeirão das Pedras e Parque Linear Lagoa do Mingone.
Nesses locais, foram contabilizadas aproximadamente 200 capivaras, após censo feito pela administração municipal em 2023. O trabalho é coordenado pelo Comitê Municipal de Enfrentamento das Arboviroses e Zoonoses, que reúne 14 secretarias municipais.