Cerca 150 hospitais municipais ficaram de fora do programa Tabela SUS Paulista anunciado pelo Governo Estadual. O projeto prevê um complemento aos pagamentos de procedimentos hospitalares e alguns procedimentos ambulatoriais realizados em unidades privadas, com ou sem fins lucrativos, que prestam serviços pelo SUS com alocação de aproximadamente R$ 5 bi para esses estabelecimentos. Os hospitais que não são Santa Casa e nem filantrópicos não tiveram esse benefício.
O diretor do Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo e secretário de saúde de Jundiaí, Tiago Teixeira, afirmou que a entidade já se reuniu com o secretário de saúde Eleuses Paiva para solicitar uma revisão já que muitos municípios não têm condições financeiras de fazer novos aportes nos hospitais.
Ele explicou que o cofinanciamento é uma necessidade para equilibrar uma conta que tem deixado os municípios em desvantagem. O secretário acredita que os hospitais regionais como o prometido em Campinas poderiam ajudar a diminuir os gargalos de acesso aos serviços de alta complexidade.
Para o cientista político e comentarista da CBN Campinas, Bruno Silva, o problema é sério e ainda demanda de mais investimentos, inclusive com a atualização da tabela SUS nacional.
Na última terça-feira (16) o presidente Lula sancionou o projeto de lei que estabelece a revisão anual dos valores da tabela SUS. Com a nova lei ela será revisada anualmente sempre no mês de dezembro e está sujeita a disponibilidade orçamentária do Ministério da Saúde.