Há sete anos, dona Rosa, mãe da analista de sistemas Maria Cristina de Toledo Piza, foi diagnosticada com Alzheimer. Para a família, a notícia foi como uma ameaça às memórias colecionadas ao longo da vida. Hoje, dona Rosa vive em uma casa de repouso onde metade dos idosos é diagnosticada com a doença. Apesar das dificuldades, o respeito e o amor entre mãe e filha também são uma parte importante do tratamento.
O Estado de São Paulo registrou um aumento de 4,6% nos atendimentos relacionados ao Alzheimer entre janeiro a outubro de 2023. Já na região de Campinas, a alta foi de 45,9% em hospitalizações por conta da doença e 1,7% nos atendimentos ambulatoriais. Os dados são da Secretaria Estadual de Saúde.
Um novo exame oferecido em laboratórios pelo Brasil – e agora em Campinas – pode ser mais uma ferramenta para o diagnóstico precoce doença. A análise, feita a partir de uma amostra de sangue, identifica variantes genéticas associadas à doença, segundo a biomédica Patrícia Lima. Porém, há restrições.
A neurologista Mariana Falcão ressalta que, apesar da novidade, a análise do médico ainda é prioritária na identificação da doença. Isso porque o Alzheimer envolve uma série de outros sintomas. O tipo mais comum tem características multifatoriais. Enquanto descobrir a doença cedo é importante no tratamento, hábitos saudáveis também podem ajudar na prevenção.
Para os próximos anos, a tendência é que os atendimentos relacionados a doença cresçam ainda mais, considerando o envelhecimento da população e as descobertas na área da saúde.