Um homem morreu e outro ficou ferido durante a demolição de uma obra na região da Avenida Moraes Salles, próximo ao Viaduto Laurão, no começo da tarde desta quinta-feira, 18. A vítima fatal, Francélio Márcio, tinha 37 anos e era mestre de obras
De acordo com o tenente Lucas Vilas Boas, do Corpo de Bombeiros, uma equipe de seis trabalhadores estava demolindo a parte de cima de um imóvel, quando uma das lajes cedeu. Os outros quatro conseguiram escapar e a vítima com ferimentos leves foi encaminhada ao Hospital Mário Gatti.
O pedreiro Manoel Messias estava trabalhando no local, mas não se envolveu no acidente. Ele explica que havia indicado que a obra começasse pela remoção do telhado. Apesar disso, a sugestão não foi seguida e os engenheiros decidiram remover a viga de sustentação. O trabalhador acredita que esse foi o principal motivo para a queda da estrutura.
Já o Janílson Souza estava trabalhando na parte de cima do imóvel quando ocorreu o acidente. Segundo o pedreiro, no momento do incidente, só deu tempo para deitar e pensar nas filhas.
A Polícia e a Defesa Civil foram até o local e agora estudam os possíveis motivos para esse desabamento. Em nota, o Grupo Artzzi, responsável pela obra, explica que tratava-se de uma reforma realizada por empresa especializada no ramo de construção civil, contratada especificamente para esse fim.
O Grupo também lamentou profundamente o ocorrido, se solidarizando com os familiares e amigos da vítima, prestando toda assistência necessária. Agora, a Artzzi aguarda a conclusão do laudo pericial, colaborando com as autoridades envolvidas para esclarecer o acidente.
Também por meio de nota, a Secretaria Municipal de Urbanismo informou que os fiscais da pasta e a equipe da Defesa Civil estiveram no local e fizeram o termo de interdição total do imóvel, por questões de segurança, e embargo da construção, já que obra não tinha alvará emitido.
Os responsáveis foram intimados a regularizar a obra no prazo de 30 dias e a colocar o imóvel em condições de estabilidade, segurança e salubridade imediatamente. O Centro de Referência Regional em Saúde do Trabalhador (Cerest) de Campinas também vai acompanhar o caso.