Ainda que os números de internações nos leitos de neonatologia mostrem uma ligeira queda em comparação com os últimos dias, o sistema público de saúde de Campinas ainda está sobrecarregado. Dados obtidos pela CBN Campinas nesta quarta-feira apontam que, na Maternidade, dos 18 leitos contratados pela prefeitura, há 21 crianças internadas. O número chegou a 24 no fim de semana.
No Hospital PUC-Campinas, havia, até o começo da tarde, uma vaga disponível. Dos 12 leitos contratados, 11 crianças permaneciam internadas.
Em entrevista ao CBN São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), não se aprofundou na questão. Disse que a secretaria de Saúde está tentando viabilizar a contratação de leitos particulares, e lembrou que isso aconteceu no ano passado em Sumaré. E, mais uma vez, citou a construção do Hospital Regional como salvação para o problema
Tarcísio não comentou a notícia, adiantada pela CBN Campinas, de que o Ministério Público tenta negociar a abertura de novos leitos sem que a questão vá para a justiça.
Um dos principais problemas que causam a superlotação, na avaliação das unidades médicas, é o sistema de “vaga zero”, que impõe às unidades SUS que recebem pacientes mesmo sem o leito disponível, uma vez que há urgência no atendimento.
O direcionamento de vagas no SUS é feito por meio da Central de Regulação e Oferta de Serviços de Saúde (Cross), da Secretaria Estadual de Saúde.
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde informa “que trabalha no apoio aos hospitais na tentativa de identificar os bebês que podem ser encaminhados para leitos de menor complexidade nas unidades referenciadas da região, liberando assim novas vagas de UTI Neonatal”.