Campinas registrou nove pacientes com dengue internados em hospitais das redes pública e particular da cidade nesta semana.
Desde janeiro deste ano, 133 pessoas precisaram ser internadas, isso equivale a 2,2% dos mais de 6 mil casos registrados no Painel Interativo de Arboviroses. Deste total, 124 tiveram alta.
Se comparado com 1º de janeiro a 15 de fevereiro de 2015, ano em que Campinas registrou o maior número de casos de dengue, com mais 65.754 registros, é possível ver um aumento bem grande de internações, já que, há nove anos, foi necessário internar 43 pessoas neste período. O que, por outro lado, equivale a apenas 0,3% do total de casos.
De acordo com a médica infectologista do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) de Campinas, Valéria de Almeida, o aumento das internações em 2024, no comparativo com o mesmo período de anos anteriores, ocorreu porque a cidade, além de estar em situação de epidemia, registra pela primeira vez na história a circulação simultânea dos sorotipos 1, 2 e 3 do vírus da dengue.
Apesar da cidade ainda não ter registrado nenhum óbito da doença até agora, o epidemiologista Dr. André Ribas Freitas afirma que os principais caso de morte da dengue envolvem a desidratação.
Diferentemente da covid-19, por exemplo, a hospitalização para pacientes com dengue costuma ser curta, com tempo médio de até quatro dias, e ocorre até o quadro do paciente se estabilizar.
Após quatro mutirões de combate à doença terem sido realizados em Campinas, mais um deve acontecer neste sábado, 24. A iniciativa contra a dengue deve percorrer imóveis dos bairros Vila Vitória, Mauro Marcondes, Vida Nova I, Vida Nova II e Parque Aeroporto, das 8h às 12h.