O Ministério Público investiga a concentração de plantas aquáticas no leito do Rio Piracicaba, nas proximidades da Rua do Porto. A investigação está por conta do Gaema (Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente).
As plantas chegaram ao manancial após uma limpeza realizada na Represa Salto Grande, em Americana. A ecóloga Silvia Regina Gobbo explica que os aguapés, tipo de vegetação que está gerando o incômodo, não apresentam risco ao manancial e seu entorno.
Ela diz ainda que como a liberação foi numa época de chuvas a água deve ter descido em uma quantidade maior, mas que a própria água do rio vai conseguir quebrar os aguapés.
Entretanto, os promotores de Justiça do Gaema afirmaram que estão investigando os fatos em inquérito civil e adotarão providências visando impedir a continuidade do procedimento autorizado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) por 60 dias. Eles dizem que o órgão não acatou as sugestões feitas pelo MP.
A CPFL, que é responsável pelo local, teve autorização da Cetesb para realizar o “vertimento controlado”, método em que as comportas são abertas para que as plantas desçam o rio de maneira lenta e gradativa.
O processo dura em torno de 60 dias e as plantas saíram da bacia do Rio Atibaia e chegaram ao Rio Piracicaba já “quebradas”, o que, de acordo com técnicos, reduz a capacidade de sobrevivência e de também de reprodução dessa vegetação. A CPFL disse ainda que está monitorando o processo todos os dias.
A Cetesb ainda não respondeu sobre a investigação do Ministério Público.