Das 180 casas de longa permanência para idosos que são acompanhadas pela Vigilância Sanitária de Campinas, apenas 60 têm licença sanitária de funcionamento. Mas isso não significa que esses estabelecimentos não possam funcionar.
Ana Lucia Montini, da Vigilância Sanitária, explica que é comum neste segmento de casas para idosos que os empreendimentos comecem as atividades sem autorização.
Normalmente, os agentes chegam até esses locais por conta de denúncias. Se eles entenderem que o estabelecimento segue todas as outras normas, o local é autuado e continua funcionando com acompanhamento da vigilância.
Neste último mês de janeiro, quatro casas de longa duração, que eram administradas pela mesma pessoa, foram interditadas em Campinas. O último caso foi nesta quarta-feira, 31, quando Guarda Municipal resgatou 23 idosos que eram mantidos em uma casa de repouso clandestina, na Vila Boa Vista.
O espaço na Rua das Perobas não tinha licença sanitária, era insalubre e apresentava uma série de irregularidades, como falta de colchões em número suficiente e adaptações para banheiro. Os outros casos aconteceram entre os dias 17 e 19 de janeiro: uma na região do Taquaral e duas no Jardim Chapadão.
Segundo a Coordenadora de Projeto de Vigilância Sanitária do Setor de Saúde, Kristiane Hitomi Shimizu, a partir do momento que a família coloca o idoso nesses lugares sem autorização de funcionamento, eles se tornam corresponsáveis pelo ato.
A equipe chegou até o local após denúncias via 153 e 156 indicarem que as pessoas eram mantidas amontoadas, sem condições adequadas de segurança e higiene. A Polícia Civil e a Assistência Social foram chamadas para que as famílias fossem comunicadas. Muitos dos idosos eram das casas interditadas anteriormente.
O responsável pelo espaço foi autuado pela falta de licença e irregularidades, mas pode apresentar defesa. Ele também responderá a processo administrativo.