A Justiça deu uma liminar para a interrupção de um procedimento feito na Represa de Salto Grande, que fez com que o Rio Piracicaba, em Piracicaba, ficasse com alta concentração de plantas aquáticas.
A liminar vem após ação movida pelo Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema), órgão do Ministério Público de São Paulo (MP-SP).
O procedimento, chamado “vertimento”, é feito pela CPFL, com autorização da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) na represa, que fica em Americana.
O processo dura em torno de 60 dias e faz com que as plantas cheguem ao Rio Piracicaba já “quebradas”, o que, de acordo com técnicos, reduz a capacidade de sobrevivência e de também de reprodução dessa vegetação.
A CPFL, que é responsável pela represa de Americana, disse que o processo de vertimento segue o curso esperado pela empresa e que toda operação é monitorada diariamente.
Além disso, que os resultados desses monitoramentos não indicam nenhuma alteração na qualidade da água do Rio Piracicaba, que possa estar ligado a esse processo de limpeza.
Na ação movida pelo Gaema, os promotores ressaltam que o procedimento na represa pode lançar até 60 toneladas de plantas flutuantes no Rio Piracicaba, em curto período, e que pode causar redução na oferta de oxigênio e mortandade de peixes.
A Cetesb informou que não foi citada pelo MP e que autorizou o vertimento controlado das macrófitas em caráter experimental, “sendo uma das condicionantes o monitoramento sistemático do rio pela CPFL, a qual envia boletins diários, do acompanhamento da operação, para a agência ambiental paulista.”