Vários ônibus rodoviários fazem parada na Avenida Aquidabã, ao lado do Largo do Pará, logo após o cruzamento com a Avenida Francisco Glicério, no Centro de Campinas. A faixa, na direita, é exclusiva para os ônibus executivos. Apesar disso, quando vários veículos param ao mesmo tempo para o embarque e desembarque de passageiros, o trânsito fica confuso no trecho, já que os ônibus acabam ocupando toda a via.
A comerciante Monaísa Matos de Jesus tem um barraca de salgados bem em frente ao ponto de ônibus há quatro anos, e conta que a cena é comum.
Além disso, o ponto de ônibus não possui nenhuma estrutura, e os passageiros não tem onde se proteger do sol e da chuva. Muitos ficam expostos, com as malas e outros pertences pessoais na calçada, e temem assaltos. É o que revela a dona de casa Isabel Matias Moura, que precisou viajar com o neto para Taubaté.
No dia 2 de fevereiro, o vereador Paulo Gaspar fez uma indicação à Prefeitura de Campinas, solicitando que seja implantado um abrigo no local. No documento, o parlamentar também sugere a concessão do espaço para a iniciativa privada, que poderia financiar uma cobertura apropriada e oferecer banheiros e serviços de lanchonete, com a implantação de um ‘mini terminal’ na Avenida Aquidabã.
A CBN Campinas questionou a Emdec, responsável pelo trânsito na metrópole, sobre os problemas identificados pela reportagem. Em nota, a empresa informou que o ponto é utilizado para o embarque e desembarque de ônibus fretados e rodoviários. Os agentes da Emdec fiscalizam a adequada utilização das vagas regulamentadas, conforme a sinalização, coibindo uso irregular. Também são observadas outras infrações ao Código de Trânsito Brasileiro, tais como parada dos ônibus em fila dupla.
Informou ainda que vai reforçar a fiscalização no local, mas esclareceu que a Emdec não fiscaliza o cumprimento de horários dos ônibus ou sua operação.
Já sobre a instalação de abrigos ou miniterminal, a Emdec disse que não tem gestão sobre o embarque e desembarque de ônibus do transporte fretado ou intermunicipal. Portanto, não compete a empresa prover infraestrutura para o serviço privado. Quanto a sugestão do vereador, a Emdec afirmou que está apurando o andamento da solicitação.