A implementação do trem intercidades que deve ligar Campinas a São Paulo também promete mexer com o mercado dos fretados. Entretanto, o setor não considera um problema essa nova concorrência.
O Manoel Fidellis trabalha em São Paulo e há 10 anos utiliza um ônibus fretado para fazer esse trajeto. Como não recebe auxílio da empresa ele tem que pagar do próprio bolso pelo transporte. Hoje a despesa pode chegar a R$ 720,00 por mês se o transporte for utilizado todos os dias. É por isso que pra ele o preço da passagem do futuro Trem Intercidades será um fator essencial.
O Rodrigo também utiliza o fretado pra ir pra São Paulo há muitos anos. Ele diz que não pretende trocar de modal até a consolidação dos trens. Cético, ele acha que será uma opção interessante, mas que espera ver o projeto em funcionamento antes de qualquer coisa.
As obras estão programadas para começar no segundo semestre de 2025, entrando em operação em duas etapas. O edital de licitação do TIC estabelece três tarifas máximas a serem cobradas dos passageiros.
O serviço expresso de São Paulo a Campinas custará até R$ 64; o trem entre Campinas e Jundiaí, R$ 28,10.
O diretor presidente da AFRECAP (Associação dos Fretados Campinas-São Paulo), Maurício Kauffmann, diz que a concorrência é sempre benéfica, porém, o fretado oferece mais conforto aos usuários.
Ele lembra que o setor se atualizou para poder oferecer mais vantagens aos passageiros e que também se sobressai no quesito preço.
Ainda de acordo com Kauffmann a AFRECASP opera 18 linhas que fazem o trajeto até a Capital Paulista em vários horários. Atualmente são cerca de 1.300 passageiros.