Com quase 30 anos de tradição a Avenida Nossa Senhora de Fátima se consolidou como a ‘Rua dos Colchões’ em Campinas. Para quem tem um comércio lá é como se cada loja fosse uma concessionária vendendo um tipo diferente de carro. Do popular ao importado. Do de valor acessível ao que passa de R$ 10 mil.
O ato de dormir tá presente na vida de todos nós, mas pra se tornar um negócio precisa de persistência. Ana Lúcia Fernandes Aleixo é de São João da Boa Vista e abriu as portas da primeira loja de colchões em 2017. Assistente Social por formação, ela foi convidada a abrir a loja atual que tem na Avenida Nossa Senhora de Fátima.
A Ana tem cinco lojas na mesma rua, mas diz que existe um propósito nisso. Oferecer o produto que mais tenha a ver com o perfil do cliente.
Sobre ter várias lojas do segmento a Ana acredita que isso é ótimo para o setor já que a via se transforma em um shopping a céu aberto.
Marcelo Teixeira de Moura, é líder de vendas de uma marca internacional com loja na Nossa de Fátima. Ele diz que a maior parte das lojas pertence ao mesmo dono. A empresa em que ele trabalha tem duas unidades. Mais uma vez ele explica que a diversidade é um dos principais atrativos da ‘Rua dos Colchões’ e a tarefa dos vendedores é explicar isso pros clientes.
Ele trabalha com colchões há 15 anos e diz que o consumidor é bastante eclético.
O arquiteto e urbanista Alan Cury diz que essas concentrações de segmentos em vias da cidade encontram referência em Brasília. Ele comenta que o que foi feito lá por força de lei se reproduziu de forma orgânica em todo o país dando liberdade ao consumidor. O especialista afirma que as lojas e o comércio de rua trazem vida às regiões em que estão.
E nem mesmo o comércio online é capaz de trazer pesadelos pra quem trabalha com colchões. Segundo os lojistas clique nenhum substituem alguns bons minutos de contato com a peça que ficará com o cliente por anos e anos.