Campinas decretou estado de emergência para a dengue. A decisão foi tomada na manhã desta quinta-feira (7), após uma reunião entre o prefeito Dário Saadi e gestores da Secretaria de Saúde. A cidade já registra neste ano 14.838 casos confirmados e três mortes pela doença.
Andrea Von Zuben, diretora do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) de Campinas, afirma que a situação de emergência permite a adoção de medidas necessárias para contenção do aumento de casos de dengue, e possibilita ainda a destinação de recursos do Ministério da Saúde para apoio nas ações de prevenção e combate à doença.
Campinas registra pela primeira vez na história a cocirculação de três sorotipos da dengue: 1, 2 e 3. Além disso, desde o início de outubro, a cidade tem apresentado condições climáticas consideradas ideais para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença. O médico hematologista e professor titular da Unicamp, Cármino de Souza, conversou com a CBN Campinas sobre o assunto.
O hematologista afirma ainda que as prefeituras precisam fortalecer o cuidado básico dos pacientes com confirmação de dengue, além de intensificar as ações para evitar mortes pela doença, pois avalia que o país já foi ‘derrotado’ quando o assunto é a contenção de novos casos.
A Secretaria de Saúde orienta quem tiver febre a procurar um centro de saúde imediatamente, e faz um apelo para que a população não banalize os sintomas e também não realize a automedicação, que pode prejudicar o diagnóstico e o tratamento.
Já quem estiver com suspeita de dengue ou doença confirmada e apresentar sinais com tontura, dor abdominal muito forte, vômitos repetidos, suor frio ou sangramentos deve buscar o quanto antes por auxílio em pronto-socorro ou em UPA.
Ainda segundo a Prefeitura, projeções indicam a possibilidade de Campinas alcançar o pico da epidemia no mês de abril.