A Comissão Parlamentar de Inquérito que investigou o caso da menina Jamilly Vitória Duarte, de 5 anos, vítima de picada de escorpião em agosto de 2023 em Piracicaba, identificou supostas tentativas de fraudes em registros e prontuário de atendimento à criança. Além disso, relevou também divergências e contradições em depoimentos de profissionais de saúde.
A CPI recomendou para a Polícia Civil a realização de exame grafoténico.
Conforme o relatório, a morte de Jamilly aconteceu após uma série de erros, como falhas frequentes no sistema no dia do atendimento; inadequação da classificação do estado de saúde da paciente ao dar entrada na unidade de saúde; falta de conhecimento da equipe sobre fluxos de atendimento, medicamentos e procedimentos; falta de prescrição urgente de soro antiescorpiônico; divergências e supostas fraudes no preenchimento do prontuário; possíveis irregularidades no preenchimento do livro de registro de retirada do antidoto da geladeira de armazenamento e pontos contraditórios encontrados em alguns depoimentos.
A denúncia, que integra relatório final da apuração, vai ser encaminhada à Polícia Civil, ao Ministério Público, à Prefeitura Municipal de Piracicaba e a órgãos de classe, como o Conselho Regional de Enfermagem (Coren) e Conselho Regional de Medicina (CRM).
A menina recebeu os primeiros atendimentos na Unidade de Pronto Atendimento da Vila Cristina, gerenciada desde o mês de julho do ano passado pela Organização Social de Saúde Mahatma Gandhi.
O que diz a OSS que administra a UPA da Vila Cristina
Conforme divulgado no relatório final na CPI pelo portal da Câmara de Vereadores de Piracicaba, mudanças significativas já foram realizadas na Unidade de Pronto Atendimento no que se refere ao protocolo de classificação de risco e nos constantes treinamentos dos colaboradores.
Aguardamos agora o parecer final do Ministério Público, pois o caso ainda segue sob investigação após a entrega do relatório.