Uma nova reunião entre autoridades de saúde da Prefeitura de Campinas e do Governo do Estado deve discutir a ampliação das vagas de hemodiálise no SUS Municipal. Como a CBN Campinas noticiou recentemente, o pedido está entre as ações anunciadas pelo prefeito Dário Saadi para aliviar a sobrecarga na rede de urgência e emergência do município.
O assunto é debatido desde novembro do ano passado, quando Campinas solicitou uma reunião com o secretário de Estado da Saúde, Eleuses Paiva. Por se tratar de um procedimento de alta complexidade, é responsabilidade do Estado ofertar o tratamento.
Levantamento obtido pela CBN junto à Secretaria de Saúde aponta que a demanda por hemodiálise em Campinas quase dobrou depois da pandemia – a média mensal de solicitações, de janeiro a outubro de 2023, foi de 28,5. Antes da pandemia, o índice era de 15,6.
Um novo encontro com representantes do Estado está marcado para esta segunda-feira, 25 de março, segundo Saadi. Também será solicitada a ampliação de leitos pediátricos e de UTI Neonatal. A metrópole é referência na saúde, e por isso, recebe pacientes de outros municípios que fazem parte do Departamento Regional de Saúde.
Segundo a Secretaria de Saúde, Campinas tem 253 cadeiras de hemodiálise no SUS Municipal, em convênio com os hospitais Beneficência Portuguesa e PUC-Campinas. Todas elas estão ocupadas. Por isso, a alternativa para não desassistir os pacientes é interná-los, para que eles recebam o tratamento enquanto aguardam por uma vaga.
De acordo com a Prefeiura, há 18 pacientes nesta situação, quatro deles de outras cidades. O problema ajuda a sobrecarregar o sistema de urgência e emergência, que já sofre com o aumento de outras demandas, como as síndromes respiratórias, especialmente em crianças, segundo o diretor da Rede Mário Gatti, Sérgio Bisogni.
A procura por atendimento de sintomáticos da dengue nas UPAs e nos hospitais também aumenta a pressão na Rede Mário Gatti. Nesta quinta-feira (21), a Prefeitura de Campinas anunciou a ampliação do funcionamento dos centros de saúde aos finais de semana, para atender pacientes com quadros leves da doença. No início de março, a Prefeitura de Campinas decretou estado de emergência para dengue.