Dono de imóvel que pegou fogo após explosão, em Campinas, tem alta hospitalar

Reprodução/EPTV

O coronel reformado Virgílio Parra Dias, dono do apartamento que pegou fogo após a explosão de um artefato em Campinas, teve alta hospitalar e está na casa da família, em Paulínia. Ele estava internado no Hospital Militar do Exército, em São Paulo, após ser encontrado em uma praça de Campinas com um estilete e um corte no pescoço.

Com isso, a expectativa, agora, é quando ele deve ser ouvido pela Polícia Civil, que aguardava justamente a melhora do militar para que ele prestasse depoimento. A Polícia Civil também deve investigar se havia um excedente ilegal no arsenal do militar.

De acordo com informações do Exército, o homem tinha licença para manter no imóvel 86 armas. Segundo a perícia, o incêndio começou no cofre do coronel a partir da explosão de um artefato.

Após o incêndio, a polícia encontrou 112 armas e carcaças de armas no imóvel, entre pistolas, revólveres, fuzis, espingardas e garruchas, além de granadas. Esse número, porém, ainda será confirmado por laudo pericial da Polícia Científica, já que muitas delas estavam queimadas.

Conforme documento do Exército, obtido pelo g1 Campinas, o coronel tinha autorização para manter 86 armas no apartamento e tinha registro de caçador, atirador desportivo e colecionador (CAC) válido até 2032, sendo a maioria das armas registradas como coleção.

Além do laudo do armamento, outros dois documentos são aguardados pela investigação: o documento que deve dar mais detalhes sobre o incêndio, a origem e a dinâmica do fogo e o relatório do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), que pode apontar se as duas granadas encontradas no apartamento e detonadas por eles estavam ativas ou inativas. Se ativas, pode configurar um crime, uma vez que a posse de explosivos no Brasil é proibida por lei.

Os advogados do militar, Ronny Marsico e Guilherme Almeida, afirmaram que a defesa aguarda os laudos periciais sobre o armamento e analisa a documentação das armas fornecida pela família do coronel para, então, se manifestar.

Em um documento anexado ao inquérito do caso nesta quinta-feira (14) e obtido pelo g1, os advogados de defesa afirmam que o coronel reformado está “extremamente debilitado física e psicologicamente” e teve o estado mental deteriorado após o incêndio.

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