A Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein e o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) firmaram nesta terça-feira (5) uma colaboração científica, de pesquisa, ensino e inovação.
Antonio José Roque da Silva, diretor-geral do CNPEM, afirma que a expectativa é avançar estudos em andamento e iniciar novos projetos, capazes de impactar a saúde do Brasil e do mundo, a partir da sinergia em áreas de pesquisa, intercâmbio de pesquisadores e utilização de equipamentos e infraestrutura.
Já Luiz Vicente Rizzo, diretor de Pesquisa do Einstein, explica que a parceria engloba diversas pesquisas na área biomédica, como engenharia de tecidos, estudo de vírus emergentes e terapia gênica. Além disso, estudantes de ambas instituições poderão fazer intercâmbios.
Um dos temas que inspirou a parceria é o tratamento de doenças genéticas, como a anemia falciforme, causada por uma alteração nos glóbulos vermelhos do sangue e que afeta milhares de pessoas no Brasil.
Por causa dos surtos e epidemias de dengue e outras arboviroses, como zika e chikungunya, além da própria epidemia de covid-19, outra prioridade do convênio é ampliar a capacidade de detecção e de estudo de novos vírus.
Foi no Einstein, por exemplo, a primeira detecção do novo coronavírus no Brasil. Já o CNPEM desenvolve pesquisas nas áreas de patógenos, utilizando o Sirius, que atua como uma espécie de “raio X superpotente” capaz de analisar estruturas em escalas de átomos e moléculas. A tecnologia agiliza o desenvolvimento de medicamentos e tratamentos dessas infecções.
Além disso, o centro em Campinas está construindo o Orion, complexo laboratorial de máxima contenção biológica que permitirá pesquisas com patógenos capazes de causar doenças graves e com alto grau de transmissibilidade. A estrutura é inédita em toda a América Latina.