A atual epidemia de dengue em Campinas já é a terceira pior da história. A cidade atingiu 27.938 casos da doença nesta segunda-feira. Com isso o ano de 2024 só fica atrás de 2014, quando tivemos 42.405 e 2015 com 65.755. A medição oficial começou em 1998. Em 2024 quatro já morreram pela doença este ano na cidade.
Os bairros atendidos pelo Centro de Saúde do Jardim Lisa tem a maior incidência de casos por 100 mil habitantes. Em números absolutos o campeão de casos é o Jardim Eulina com 1.091. Uma pessoa morreu no bairro.
Desde o final do ano passado a prefeitura de Campinas já alertava para o cenário adverso que a cidade enfrentaria no combate a dengue neste ano, porém a circulação de três sorotipos de dengue ao mesmo tempo agravou o quadro. Entretanto, os casos podem ainda podem crescer e superar a marca de 2015, como explica a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde de Campinas – Andréa Von Zubem.
Em fevereiro a cidade anunciou mudanças nos protocolos de atendimento. A orientação é de que pacientes com febre busquem atendimento no centro de saúde mais próximo.
Já os pacientes que, além da febre, apresentarem tontura, dor abdominal intensa, vômitos frequentes, suor frio e sangramentos devem recorrer a um pronto-socorro ou Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
Em março foi decretado estado de emergência para dengue. A intenção foi permitir a adoção de ações necessárias para atenção a pacientes com sintomas e eliminação dos criadouros sem necessidade de licitação.
Andréa Von Zubem destaca o destino da epidemia também está ligado ao nível de colaboração dos moradores na eliminação dos criadouros do mosquito da dengue.
Na quinta-feira (21) a prefeitura anunciou a ampliação do horário de funcionamento de dez centros de saúde durante o sábado para atender pessoas com sintomas de dengue.