O pedido de ampliação das vagas de hemodiálise ao Governo do Estado está entre as ações anunciadas recentemente pelo prefeito de Campinas, Dário Saadi, para aliviar a sobrecarga na rede de urgência e emergência no SUS de Campinas. O tema será discutido por Saadi em uma reunião com o secretário Estadual de Saúde, Eleuses Paiva, prevista para terça-feira (19).
Em entrevista ao Estúdio CBN, a diretora regional da Sociedade de Nefrologia de São Paulo, Maria Almerinda Ribeiro Alves, explicou que muitos pacientes precisariam apenas do tratamento ambulatorial de hemodiálise, mas devido a falta da estrutura adequada no sistema público de saúde, o suporte só consegue ser oferecido nos leitos de internação. O problema, segundo a profissional, ajuda a sobrecarregar os hospitais de Campinas.
Segundo a Prefeitura de Campinas, a ocupação dos leitos de urgência e emergência que atendem pacientes do SUS na rede municipal está entre 90% e 100%. O percentual inclui a Rede Municipal Mário Gatti e os convênios com o Hospital da PUC-Campinas, Irmandade de Misericórdia e Hospital Beneficência Portuguesa, além dos leitos para gestantes na Maternidade de Campinas.
A gestão municipal alegou à CBN Campinas que não consegue enviar números absolutos “por uma questão de remanejamento constante dos leitos”.
Já as unidades estaduais atendem acima da capacidade instalada. No Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp, há 30 leitos de urgência e emergência, com 50 pacientes internados. Na região, o Hospital Estadual de Sumaré opera com o dobro da demanda suportada: são 12 leitos instalados, com 24 pacientes internados.