O grupo EP teve acesso a um boletim de ocorrência em que o coronel reformado Virgílio Parra Dias registrou no dia 23 de fevereiro contra o próprio filho. O registro aconteceu um dia antes das explosões do apartamento 13, no Edifício Fênix, no Centro de Campinas.
O militar afirma ter sido agredido pelo filho no dia 14 de fevereiro, cerca de uma semana antes do incêndio. No boletim, o coronel diz que foi para Boituva, onde há um clube de paraquedismo, e pediu para que o filho voltasse para a casa da família. Segundo Parra Dias, o filho negou e o agrediu.
O coronel foi localizado dois dias depois do incêndio, em uma praça, em Campinas, com um ferimento no pescoço, que teria sido provocado por ele mesmo. Ele ficou quatro dias internado no hospital Mário Gatti e depois foi transferido, em coma, para o Hospital do Exército, em São Paulo, onde permanece internado e sem previsão de alta.
Pela primeira vez, a família do coronel se manifestou. A esposa do militar, Evelyn de Oliveira Parra Dias, relata que o estado de saúde do marido é delicado.
A Polícia Científica vai esperar a limpeza do apartamento para fazer uma nova perícia e apontar o que de fato provocou o incêndio.
No apartamento foram encontradas 100 armas, 3 mil munições, pólvora estocada e granadas.
O coronel é CAC – caçador, atirador e colecionar. Quem regulamenta o registro é o Exército, que informou que ele estava autorizado a ter 80 armas e 3 mil munições.
O Exército também disse que o registro do coronel está suspenso até que o incêndio seja esclarecido.
A defesa afirmou que não houve descuido do coronel com o arsenal no apartamento. E irá se posicionar assim que tiver acesso aos resultados periciais.
