Leitos de urgência e emergência do SUS estão lotados na região, afirma Estado

Foto: Arquivo CBN

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo informou nesta sexta-feira (15) que todos os leitos de urgência e emergência do SUS no Departamento Regional de Saúde de Campinas (DRS-7) operam em sua capacidade máxima, ou seja, não há leitos disponíveis em prontos-socorros e pronto atendimentos.
São 254 leitos de urgência e emergência nas unidades de saúde públicas municipais e estaduais nos 42 municípios que integram o DRS-7, com sede em Campinas.

As unidades estaduais atendem acima da capacidade instalada. No Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp, há 30 leitos de urgência e emergência, com 70 pacientes internados. Na região, o Hospital Estadual de Sumaré opera com o dobro da demanda suportada: são 12 leitos, com 24 pacientes internados.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde informou que trabalha para identificar os pacientes ambulatoriais, ou seja, os casos considerados leves, do Pronto Socorro da Unicamp, com o objetivo de enviá-los aos serviços municipais de origem, como por exemplo, Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

Afirmou ainda que no início de março, o governo de São Paulo anunciou “mais de meio bilhão de reais para a saúde da região de Campinas”. Segundo o Estado, por meio dos repasses do IGM SUS Paulista, serão destinados R$ 70,7 milhões anualmente aos municípios da região para a melhoria da atenção primária à saúde da região.

Além disso, 102 prestadores filantrópicos da região receberão o montante mensal de aproximadamente R$ 27,4 milhões por meio da nova Tabela SUS Paulista, que corrige o sub-financiamento da Tabela SUS Federal complementando com recursos do tesouro do estado.

Além das unidades do Estado, a Rede Municipal Mário Gatti registrou aumento de atendimentos e ocupação de leitos. Segundo a Prefeitura de Campinas, a ocupação dos leitos de urgência e emergência que atendem pacientes do SUS na rede municipal está entre 90% e 100%.

O percentual inclui a Rede Municipal Mário Gatti e os convênios com o Hospital da PUC-Campinas, Irmandade de Misericórdia e Hospital Beneficência Portuguesa, além dos leitos para gestantes na Maternidade de Campinas. A gestão municipal alegou à CBN Campinas que não consegue enviar números absolutos “por uma questão de remanejamento constante dos leitos”.

Reunião de emergência

De acordo com a Secretaria de Saúde de Campinas, uma reunião na última sexta-feira (15), na sede do DRS, com representantes de todas as cidades, discutiu o quadro de superlotação. Entre as medidas, ficou decidido que as solicitações de transferências dos pacientes de média e baixa complexidade para as regiões de origem serão feitas nesse momento através da DRS-7.

No encontro, também foi pleiteado pelo município retaguarda de hospitais de outras cidades da região para pacientes com condições crônicas que precisam somente de cuidados básicos hospitalares, além de ampliação de oferta de hemodiálise. As ações, segundo a administração municipal, proporcionariam imediata liberação de pelo menos 40 leitos e consequente desocupação das portas de urgência.

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