A atual onda de calor apresenta o potencial de ultrapassar os 35°C em Campinas, representando uma situação excepcional. Há possibilidade de quebra do recorde de temperatura máxima para o mês de março, desde o início das medições em 1989. A estimativa é do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri), da Unicamp. A meteorologista do Cepagri, Ana Ávila, alerta para os riscos à saúde.
Nas ruas de Campinas, a sensação térmica é ainda maior. Nos termômetros em pontos de mais exposição ao sol, como na Avenida Aquidabã, por exemplo, a temperatura aferida chegou aos 39º na tarde desta quinta-feira (14).
Guarda-chuva, chapéu e roupas leves são as estratégias da aposentada Nilza Maria para se proteger do sol. Ela também fez uma pausa na caminhada pelo calçadão da Rua 13 de Maio para tomar um suco. Já a aposentada Elvira Fermiano evita caminhar no sol, e preferiu comprar uma água de coco bem gelada.
Temperaturas extremas
Segundo o Cepagri, a atual onda de calor que afeta o estado de São Paulo é resultado de um sistema de alta pressão em níveis superiores da atmosfera. O ar quente e seco está concentrado na região Sul do Brasil, próximo à fronteira com Paraguai e Argentina, e migrando em direção ao Sudeste do Brasil. O fenômeno impede a passagem de frentes frias e causa aumento significativo das temperaturas.
Embora a Região Metropolitana de Campinas não seja tão afetada quanto outras áreas do estado de São Paulo, enfrentará elevação de temperatura. Há leve risco à saúde devido às altas temperaturas. Recomenda-se precaução, especialmente para grupos vulneráveis, como idosos e crianças, para evitar complicações relacionadas ao calor.
A hidratação adequada e o cuidado com a saúde são importantes durante períodos de calor intenso. É aconselhável beber bastante água, evitar a exposição direta ao sol durante as horas mais quentes do dia, usar roupas leves e procurar ambientes frescos e bem ventilados.