Nas ruas infelizmente não é difícil achar mulheres que já tenham enfrentado algum tipo de assédio assexual. A auxiliar operacional Aretha da Ponte conta que já viveu isso em diversos locais.
Pra tentar mudar esse cenário o Estado criou uma lei que obriga restaurantes, bares e casas noturnas a capacitarem seus funcionários a reconhecer e ajudar mulheres em situação de risco. A partir desta segunda todos devem ter a certificação, como diz Alahyr Cruz Junior, coordenador Regional do Procon.
Na região de Campinas 1.354 pessoas se inscreveram pra fazer o curso. Porém, só a cidade de Campinas tem mais de 16.500 funcionários trabalhando em restaurantes e outros serviços de alimentação e bebidas. As denúncias podem ser feitas diretamente ao Procon.
De acordo com o Estado o objetivo não é punir os estabelecimentos, mas criar uma parceria pra proteger mulheres que frequentam e trabalham nesses locais. Quem já se inscreveu no curso aguarda a liberação do conteúdo. O empresário Sérgio de Simone acredita que quem lida com o público deve ficar sempre atento.
O Governo de São Paulo afirmou que vem divulgando com frequência o protocolo “Não Se Cale” e que as inscrições estão abertas. O curso é de graça, online e tem duração de 30 horas. As inscrições podem ser feitas por meio da Secretaria de Políticas da Mulher.
A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) diz que há demora em acessar o curso, além de falta de informações mais amplas e precisas, pois até funcionários de cozinha, pela lei, seriam obrigados a fazer o curso.
O Estado disse que o prazo deve ser mantido já que a lei foi instituída em agosto do ano passado em conformidade com as associações de classe.