A idosa Jesus Aparecida de Lima de Souza, de 72 anos, está andando de cadeira de rodas e usando fralda geriátrica desde o início de março. Segundo o filho, Rubens Lima, a razão foi à demora no diagnóstico de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
A família relata que a idosa deu entrada na UPA Padre Anchieta, em Campinas, na manhã do dia 5 de março, com formigamento no braço e dor de cabeça intensa. Quatro horas depois, ela teve alta após ser medicada.
Os sintomas se intensificaram durante a noite. Novamente, ela recorreu ao atendimento médico, desta vez, na UPA Matão, em Sumaré. Mais uma vez, a paciente foi medicada e liberada.
Dois dias depois, o caso se agravou. A mulher apresentava muita dificuldade para andar. A família procurou outro hospital. A unidade realizou exames que confirmaram AVC.
Rubens questiona a demora da equipe de saúde para identificar o quadro da mãe. A idosa agora está passando por sessões de fisioterapia em uma clínica particular. A família ainda está arcando com o custo de fraldas geriátricas.
Para o médico Wagner Mauad Avelar, responsável pela unidade AVC do Hospital das Clínicas da Unicamp, a demora na identificação de um AVC pode resultar em graves sequelas ao paciente.
Em nota, a Secretaria de Saúde de Campinas informou que a paciente foi avaliada e não apresentava déficits neurológicos ou outros que levassem ao diagnóstico clínico de AVC. Ela foi medicada, ficou em observação e teve alta com orientação quanto aos sinais de alerta e retorno imediato.
Informou ainda que as unidades de pronto atendimento (UPAs) da Rede Mário Gatti de Urgência, Emergência e Hospitalar contam: com protocolo de AVC, equipes treinadas e que seguem classificação de risco dos pacientes.
A Secretaria de Saúde de Sumaré não retornou aos contatos da reportagem.