Juntos, pedestres e motociclistas alcançam 70% das mortes no trânsito campineiro no primeiro bimestre de 2024, com sete vidas perdidas. Os números são da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), responsável pelo trânsito na metrópole.
Segundo a Emdec, o índice preocupante segue a tendência estadual. Dados do Infosiga (Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo), mostram que as mortes de pedestres e motociclistas representaram 60% do total de óbitos no primeiro bimestre de 2024, sendo 69% em vias municipais.
Apesar disso, o número de mortes de motociclistas em acidentes registrados em vias urbanas foi 63% menor nos dois primeiros meses de 2024, na comparação com o primeiro bimestre do ano passado. Os dados apontam três óbitos de motociclistas entre janeiro e fevereiro de 2024. No mesmo período de 2023, oito motociclistas morreram em vias urbanas.
Eles representaram 30% do total de 10 óbitos no trânsito registrados no eixo urbano em 2024. O total é 29% menor do que o registrado em janeiro e fevereiro de 2023, quando 14 pessoas perderam a vida. Foram, portanto, quatro mortes a menos nas ruas de Campinas.
O especialista em trânsito Renato Campestrini afirma que o período de férias escolares pode influenciar na redução de mortes no trânsito, e que Campinas acompanha os números de outras grandes cidades do Estado.
Usuários mais vulneráveis no trânsito, os pedestres representaram 40% do total, com quatro vidas perdidas no período. O número é 33% maior que as três mortes registradas no mesmo período de 2023.
Os ocupantes de demais veículos representaram 20% do total, com dois óbitos – número 33% menor que o ano passado. Entre os ciclistas, que representaram 10% dos óbitos, uma morte foi registrada em 2024 e nenhuma no primeiro bimestre de 2023.
O boletim também aponta redução na soma dos óbitos em vias urbanas e rodovias. Foram 21 vidas perdidas em janeiro e fevereiro de 2024; e 24 no mesmo período do ano passado – uma queda de 13%.
Em fevereiro, Campinas também lançou o Plano de Segurança Viária (PSV), que projeta, para 2032, uma taxa de fatalidade no trânsito de Campinas igual ou menor a 3,38 mortes por 100 mil habitantes, o que equivaleria a 903 vidas salvas em 10 anos.
A Emdec informou que mantém as frentes de conscientização a estes públicos, com abordagens educativas semanais em pontos críticos de acidentalidade e blitze educativas, além de operações integradas de fiscalização e reforço da sinalização viária.