Na manhã desta terça-feira (9), a Polícia Civil de Piracicaba confirmou que os ataques a uma agência bancária em São Pedro e a três carros-fortes na região foram cometidos pela mesma quadrilha. Os crimes ocorreram entre a noite e a madrugada da última segunda-feira (8).
Por volta das 3h da madrugada, quatro homens com fuzis bloquearam ruas ao redor de uma agência do Banco do Brasil, em São Pedro, explodiram a unidade e fugiram. Houve troca de tiros com a polícia.
No fim da tarde, ao menos 10 criminosos com fuzis explodiram dois carros-fortes na Rodovia Washington Luís (SP-330), em Cordeirópolis. Segundo polícia, os assaltantes estavam em dois carros de luxo que também foram usados no ataque ao banco em São Pedro.
Já no início da noite, na Rodovia Luiz de Queiroz, em Piracicaba, um terceiro carro-forte foi atacado com disparos de fuzis, mas a tentativa de roubo foi frustrada e os assaltantes fugiram. Ninguém ficou ferido. Um carro foi abandonado em chamas nas proximidades do crime e a estrada foi parcialmente interditada.
Posteriormente, equipes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de Piracicaba identificaram parte dos veículos usados nos crimes e começaram as buscas. Equipes da Polícia Militar também auxiliaram nas ações.
A primeira abordagem foi num pedágio da Rodovia dos Bandeirantes, em Hortolândia. Um ex-policial militar era o suspeito que dirigia o veículo. Dentro do carro, havia dispositivos conhecidos como “miguelitos”, idênticos aos usados pelos criminosos na fuga após a explosão na agência bancária de São Pedro.
Depois da abordagem, foram identificados três endereços, um deles a casa do ex-PM. No local, em Sumaré, ocorreu uma troca de tiros com um outro suspeio, que foi atingido e morreu no local.
No mesmo imóvel, foram aprendidos fuzis, coletes, roupas camufladas, explosivos, munições e rádios comunicadores, além de um saco com R$ 110 mil em dinheiro.
Com outro suspeito, que já era procurado da Justiça por roubos a banco e carro-forte, foi apreendida uma moto roubada. Outro carro foi apreendido em Analândia, por indicação de um dos suspeitos.
Segundo a Polícia Civil, as investigações continuam para identificação dos outros integrantes da organização criminosa, que seria responsável por todos os ataques. A polícia também busca entender a ligação entre os crimes.