Os pacientes diagnosticados com a esclerose múltipla em Campinas estão tendo problemas com a falta do medicamento fingolimode desde o final do mês de abril na farmácia de alto custo do município.
O medicamento é comprado exclusivamente pelo Ministério da Saúde e a pasta repassa às secretarias estaduais de Saúde para distribuição nas farmácias de cada município. O ministério informou que a demanda solicitada pela Secretaria de Saúde do estado de São Paulo para atendimento no trimestre de abril a junho foi entregue em 6 de março e 13 de maio.
Mas, apesar do comunicado do ministério, a Secretaria Estadual de Saúde afirma que o medicamento está em falta desde 30 de abril e que cabe ao órgão federal o envio das remessas.
A doença afeta o sistema nervoso ao causar lesões e inflamações nos nervos. O preço do remédio em farmácias comuns é R$6.000, o que o torna inacessível para a maioria das famílias. Por isso, elas recorrem ao Sistema Único de Saúde (SUS), através das farmácias de alto custo.
O filho da Lilian Cristina Zuqueto, foi diagnosticado com a doença há um ano. Ela explica a dificuldade para conseguir o medicamento.
Segundo o médico neurologista, Alexandre Motta Mecê, a interrupção do remédio pode resultar no aumento ou retorno das crises ligadas à doença neurológica.
O especialista ainda explica que as sequelas podem ser definitivas e que em alguns casos, o medicamento pode ser substituído, mas isso demanda uma série de protocolos.
A assistente social Joyce Lunara, contou que teve o diagnóstico da doença de forma tardia. Ela iniciou o tratamento em abril deste ano.
