Campinas emitiu 3,5 milhões de toneladas de carbono; plano quer reduzir quantidade

Foto: Fernanda Alves/CBN Campinas

A cidade de Campinas foi responsável pela emissão de 3,5 toneladas de carbono-equivalente em 2021. Este gás é um dos responsáveis pelo Efeito Estufa e apontado como grande vilão para as mudanças climáticas atuais.

O aumento é de 33% em relação a 2016, quando a cidade emitiu 2,7 milhões de toneladas do carbono-equivalente. Os dados foram apresentados no Plano Local de Ação Climática, que cria estratégias e ações a longo prazo para tentar reduzir este impacto ambiental.

Os principais riscos climáticos que afetam o município são inundações, estiagens, epidemias, deslizamentos e ondas de calor. Todas essas situações foram enfrentadas pelos campineiros desde o segundo semestre do ano passado até agora.

Além disso, o estudo aponta que a região do Ouro Verde, São Domingos, Campo Grande, São José, Nova Aparecida, Santa Lúcia, Amarais, Brandina e Proença estão entre as áreas mais vulneráveis da cidade.

A bióloga Ângela Cruz Guirao explica que um dos projetos em andamento é o da bacia do Proença, mas que a cidade também estuda melhorar o índice da qualidade do ar.

De acordo com a pesquisa, o maior responsável pelas emissões de gases na cidade continua sendo o uso de carros, motos, ônibus, caminhões e outros veículos motorizados abastecidos com diesel, gasolina, gás natural e outros combustíveis fósseis, somados ao abastecimento dos aviões que pousam e decolam em Viracopos. O número representou 60% do total em 2021.

Um dos planos propostos está a mudança no abastecimento das frotas de carros, como explica o secretário do Clima, Meio Ambiente e Sustentabilidade, Rogério Menezes.

Já com relação ao transporte, a ideia de incluir quase 300 ônibus elétricos no sistema de transporte é reafirmado como “grande solução”. A ideia surgiu no edital de concessão do transporte coletivo, que deveria ter sido feito na década de 2010, lançado no ano passado, e que acabou cancelado porque nenhuma empresa ofereceu proposta. Na época, a CBN Campinas apurou que, entre vários motivos, estava o próprio custo desses ônibus elétricos, que valem até R$ 3 milhões, valor três vezes maior que um ônibus articulado movido a diesel.

Um novo texto foi feito, mantendo os veículos elétricos. O pregão acabou suspenso pelo Tribunal de Contas do Estado por erros e incoerências. Até agora o novo edital não foi lançado.

Nesse meio tempo, Campinas conseguiu dinheiro do Programa de Aceleração do Crescimento, do governo federal, para bancar a compra desses coletivos. Segundo a prefeitura, técnicos estão estudando a forma de aquisição e como estes ônibus serão disponibilizados às concessionárias para operação.

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