Uma empresa de Sumaré foi alvo de mandado de busca e apreensão nesta quarta-feira, como parte da Operação Fundo no Poço, deflagrada pela Polícia Federal, em Brasília.
O objetivo da ação é desarticular uma quadrilha que desvio e se apropriou de recursos do fundo partidário e eleitoral nas eleições de 2022, destinados ao PROS, o Partido Republicano da Ordem Social, e que foi incorporado pelo Solidariedade no ano passado.
As investigações começaram a partir de denúncia do então presidente do PROS contra um ex-dirigente suspeito de desviar aproximadamente R$ 36 milhões.
Por meio de Relatórios de Inteligência Financeira e da análise de prestações de contas de supostos candidatos, foram encontrados indícios que apontam para existência de uma organização criminosa que tinha o objetivo de desviar e se apropriar de recursos do Fundo Partidário e Eleitoral.
Para isso, eram utilizadas candidaturas laranjas ao redor do país, com superfaturamento de serviços de consultoria jurídica e desvio de recursos partidários destinados à Fundação de Ordem Social.
Os atos de lavagem foram identificados por meio da constituição de empresas de fachada, aquisição de imóveis por meio de interpostas pessoas, superfaturamento de serviços prestados aos candidatos laranjas e ao partido.
Os envolvidos estão sendo investigados pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, furto qualificado, apropriação indébita, falsidade ideológica eleitoral e apropriação de recursos destinados ao financiamento eleitoral.
Estão sendo cumpridos sete mandados de prisão preventiva, 45 mandados de busca e apreensão em dois São Paulo, Goiás e no Distrito Federal, bloqueio e indisponibilidade de R$ 36 milhões e o sequestro judicial de 33 imóveis.