Uma mulher foi atacada pelo próprio cachorro, da raça pitbull, na noite desta terça-feira, na Vila Rosana, em Limeira. A mulher foi levada para a Santa Casa, em estado grave. Não há informações atualizadas sobre o estado de saúde dela.
De acordo com o boletim de ocorrência, a mulher tentou separar a briga dos dois cachorros que tem. O macho a atacou. O filho dela, que estava na residência, foi mordido na mão. O Corpo de Bombeiros foi acionado para conter o animal e resgatar a vítima. Ela teve ferimentos na mão e no rosto.
O caso levanta, mais uma vez, a questão sobre o temperamento desta raça. O american pit bull terrier foi desenvolvido no século XIX e reconhecida em 1898. Foi originalmente criado para a rinha de cães, especialmente nos Estados Unidos.
A característica agressiva da raça não é consenso nem entre os adestradores profissionais. O Rômulo Augusto afirma que é difícil se proteger em um ataque surpresa.
Já o João Mario de Oliveira Lima, que atua há 30 anos na área, considera que é possível sim adestrar o cão para que ele fique mais comportado. Ele cita como exemplo um cachorro que adestrou na clínica em que atua. O animal atacava até os tratadores que chegavam com alimento. Após dez dias de treinamentos, houve uma mudança significativa no comportamento.
Aqui em Campinas, um levantamento feito pela Secretaria de Saúde em 2022, aponta que 2.148 pessoas foram atendidas na rede pública vítimas de ataques de cães. No ano passado, subiu para 2.620. Em 2024, de janeiro a março, foram 572 notificações. Uma média de 6 por dia.
O João Mario afirma que grande parte dos ataques não são por culpa dos cães.
Em caso de ataque, os adestradores afirmam que o melhor é tentar manter a calma, evitar movimentos bruscos, nunca fazer contato visual e evitar interações com cães soltos.
