A Polícia Federal de Campinas e a Secretaria da Receita Federal investigam uma organização criminosa responsável por fraudes tributárias à empresários do Estado de São Paulo. Na região, uma empresa de Hortolândia foi vítima da organização, que prometia créditos falsos do PIS e Cofins.
Segundo a investigação, os criminosos emitiam certidões negativas de débitos para comprovar que estariam reduzindo ou quitando os tributos, cobrando percentuais com base no débito supostamente compensado. O total supera a quantia de R$ 1 bilhão em todo o Brasil.
De acordo com o delegado responsável pela investigação penal, João Gustavo de França Scovino, a apuração começou depois que uma empresa de Hortolândia usou créditos falsos para compensar débitos com a Receita Federal.
Scovino ainda explica além das medidas de busca e apreensão, a Justiça Federal autorizou o sequestro de bens e valores da organização criminosa.
O delegado da Polícia Federal de Campinas, Edson de Souza, afirma que até o momento nenhum membro da organização foi preso.
Segundo a investigação, o sistema funcionava há dez anos e durante esse tempo, diversos inquéritos foram instaurados pelo Brasil. Nesta terça-feira (18), 30 policiais federais e 17 servidores da Receita Federal cumpriram mandados de busca e apreensão em Osasco, Sorocaba, Campos do Jordão, Praia Grande e São Paulo.
De acordo com a Polícia Federal, além do Estado de São Paulo, os crimes foram registrados em outros 22 estados, somando 200 cidades. Ao todo, a abrangência das fraudes alcança compensações de 530 contribuintes.
