O Ministério da Saúde divulgou que vai oferecer dois novos medicamentos, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), para tratar a doença falciforme. Os remédios devem estar disponíveis em até 180 dias, ou seja, cerca de 6 meses. Campinas deve receber os medicamentos a partir da distribuição do Governo do Estado. A oferta será feita por meio da Farmácia de Alto Custo.
A alfaepoetina fica disponível para pacientes que apresentam declínio da função renal e piora do quadro de anemia. Já a hidroxiureia de 100 mg destinada para a faixa etária a partir de 9 meses. E a ampliação para a dose de 500 mg para pacientes entre 9 e 24 meses sem sintomas ou complicações.
Para o hematologista, Daniel Nogueira, a distribuição irá facilitar o tratamento do paciente.
Segundo o Ministério da Saúde, a doença é a enfermidade genética com maior prevalência no país e no mundo, com alta concentração de diagnósticos e óbitos em pessoas pardas e pretas.
A condição afeta os glóbulos vermelhos. O diagnóstico é feito na gravidez e no teste do pezinho, mas exames de sangue também podem detectar o quadro.
Os dados ainda apontam que, entre os anos de 2014 e 2020, nasceram 3,75 pessoas com doença falciforme a cada 10 mil nascidos vivos no Brasil. A taxa de mortalidade no país é de aproximadamente 1,12 pessoas a cada 100.000 habitantes.
De 2015 a 2019, entre os indivíduos que foram a óbito em razão da doença, a maioria era parda ou negra (78,6%) e (52,2%) eram mulheres.
Em 2023, 14.620 pacientes estavam recebendo tratamento da doença por meio das Farmácias do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf) do SUS.