Cerca de 70 toneladas de peixes mortos foram retiradas da lagoa do Tanquã, área de proteção ambiental atingida pelo lançamento irregular de poluentes do Rio Piracicaba. É a maior mortandade já registrada no Rio.
Os peixes são retirados por dois tratores aquáticos, além de embarcação de areia, escavadeira e retroescavadeira, além de barcos menores. Alguns pontos do Tanquã, a recolha é manual.
O capitão Roberto Farina, da Defesa Civil do Estado de SP, pontua sobre como está sendo feito o trabalho das equipes.
Os peixes mortos são colocados em caminhões de uma empresa terceirizada da Prefeitura, e levados até o aterro sanitário do município para o descarte correto.
A usina São José, apontada como responsável pela mortandade foi multada em R$ 18 milhões. O extravasamento foi de mel de cana de açúcar.
Entre as toneladas de peixes retirados estão espécies de dourados, mandis, curimbatás.
O secretário nacional de Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental, Adalberto Maluf informou que o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Climaestá acompanhando a situação.
A operação tem colaboração da Cetesb e coordenação da Polícia Militar Ambiental e Defesa Civil do Estado de São Paulo, com participação das equipes de Piracicaba e Campinas.
Em nota mais atualizada, enviada nesta segunda-feira (22), a usina São José comunicou que as “empresas contratadas para a retirada dos peixes mortos do rio Piracicaba, em conjunto com a Polícia Militar Ambiental e a Defesa Civil, encontram-se desde o último sábado realizando o serviço de limpeza, atuando sob instruções das autoridades”.
No documento, a usina afirma, ainda, que, “a execução desses serviços pela Usina São José não quer dizer, nem implica, em assunção de culpa ou responsabilidade pelo ocorrido visto” e que a empresa cumpre toda a regulamentação ambiental.