MP instaura inquérito e reúne órgãos ambientais para criar estratégias em Piracicaba

Foto: Fernanda Alves/ CBN Campinas

O Ministério Público de Piracicaba instaurou um inquérito civil, na manhã desta sexta-feira (19), para verificar os danos e prejuízos causados após a mortandade de toneladas de peixes no Rio Piracicaba e na área de preservação ambiental Tanquã.

Em uma reunião que durou mais de 3h, representantes do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente, (Gaema), CETESB, Polícia Civil e ambiental, Consórcio PCJ e promotores de Justiça discutiram os danos causados pela poluição.

O grupo de atuação criou uma lista de medidas emergenciais para minimizar os impactos da situação, que se prolonga desde o 7 de julho. Uma das ações propostas é um auxílio de cestas básicas para os pescadores, que ainda será definido pelas instituições.

Segundo o promotor de justiça Ivan Carneiro será preciso continuar monitorando a região para que outras áreas não sejam atingidas. Ivan ainda explica que a retirada desses peixes também é uma preocupação para os órgãos estaduais e ambientais.

Outro ponto que foi abordado no encontro é a destinação desses animais, pensando na poluição e no xorume que podem prejudicar outras regiões.

Além disso, o GAEMA determinou uma série de providências, incluindo a requisição de informações que deverão ser apresentadas pela usina, Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), Polícia Ambiental, Delegacia de Polícia de Rio das Pedras, pelo Serviço Municipal de Água e Esgoto (SEMAE) e pelos municípios de Piracicaba e São Pedro.

Recentemente, a Cetesb concluiu o laudo e determinou uma multa de R$18 milhões para a Usina São José, de Rio das Pedras, pelo desastre ecológico.

Segundo o laudo, o incidente resultou na morte de mais de 235 mil peixes, o que equivale a 50 toneladas de peixes no Rio Piracicaba e na area do Tanquã.

O que diz a Usina?

A Usina São José informa que recebeu o relatório da CETESB e está avaliando o teor da decisão, bem como seus eventuais desdobramentos. Cabe lembrar que as operações da usina estavam interrompidas desde 2020, tendo sido retomadas somente em maio deste ano, e que nos últimos 10 anos houve mais de 15 ocorrências dessa natureza na região. A empresa esclarece ainda que adota as melhores práticas do ponto de vista ambiental e não poupa esforços para colaborar plenamente com a CETESB, a Polícia Ambiental e o Ministério Público”.

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