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Polícia Federal de Piracicaba faz operação contra venda de diplomas falsos

Foto: Divulgação

A Polícia Federal de Piracicaba realizou uma operação nesta quinta-feira (25) contra a comercialização de diplomas falsos pelas redes sociais. Três pessoas são os principais alvos da ação policial.

A Operação Honra ao Mérito começou após um dos investigados ter se inscrito no Conselho Regional de Farmácia do Estado usando um diploma e histórico escolar falsificados.

O diploma que originou a investigação é de 2021, vinculado a uma universidade de são Paulo que, segundo as investigações, era falso.

Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão nas cidades de Capivari e Rafard. Durante as buscas, os policiais apreenderam celulares, computadores, HD’s e documentos. Os materiais apreendidos vão passar por perícia criminal, para continuidade da investigação.

O principal suspeito de confeccionar os diplomas falsos é um diagramador de 47 anos de Capivari, que fabricava os documentos e vendia na internet. Ele já havia sido condenado a seis anos de prisão por falsificação, em 2016. Como não houve flagrante no momento, ele não foi preso.

Os outros alvos são o filho dele e um funcionário, que participavam do esquema.  

“O alvo principal da operação foram as pessoas que estavam comercializando esses tipos de documentos pelo market place do Facebook. Um dos investigados já foi preso e condenado por falsificação de documentos públicos, como os diplomas e atestados médicos também. Na residência dele, numa análise preliminar nos computadores, conseguimos identificar que ele continua nessa prática”, explicou o delegado da PF em Piracicaba, Henrique Guimarães.

Em uma análise superficial no computador do homem, a polícia já identificou que havia ao menos três clientes que compravam os documentos falsos. Eles cobravam entre R$ 150 e 200, dependendo do documento.

Após a perícia dos equipamentos, a polícia terá uma estimativa do número de documentos falsificados.

Duas equipes da Polícia Federal de Campinas também apoiaram a operação.

A universidade foi questionada sobre a existência do aluno nessa formação, mas não retornou até o fechamento desta reportagem.  

O conselho regional de farmácia informou, em nota, que identificou que o diploma era falso e estabeleceu um prazo para que o suspeito apresentasse um documento verdadeiro. Ressaltou que os profissionais têm direito ao contraditório e a ampla defesa. Caso não seja comprovada a regularidade, a inscrição será cancelada.

Os investigados poderão responder pelos crimes de falsificação de documento público e uso de documento falsificado. Somadas, as penas podem chegar a 12 anos de prisão.

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