Recuperação do Rio Piracicaba após morte de peixes pode levar até 9 anos para ocorrer

Foto: João Bonato/Divulgação

O Rio Piracicaba registrou 17 episódios de mortandade de peixes nos últimos 10 anos no trecho que corta a cidade, segundo dados são da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). O levantamento foi fornecido ao G1.

A recuperação dos peixes no Rio Piracicaba após a mortandade mais recente pode demorar até nove anos para ocorrer, segundo o analista ambiental, Antônio Fernando Bruni, em entrevista à EPTV.

“Perdemos uma população, que ia contribuir com a reprodução desse ano. Não contribuindo, diminui os estoques. Uma nova população depende de mais ou menos três anos para se tornar fértil, adulta. Para recomposição total, calculamos três gerações, ou seja, de sete a nove anos”, disse o especialista da Cetesb.

Nos relatórios da Companhia, há registro de mortandade em agosto de 2014. O último caso foi em 7 de julho, com uma carga orgânica poluente de 42 quilômetros de extensão na água, a partir do Ribeirão Tijuco Preto.

O despejo foi identificado como resíduo industrial da empresa São José Açúcar e Álcool, localizada em Rio das Pedras.

A empresa teve um pedido de licença para operar negado pela Cetesb em 2018. No mesmo ano, foi multada por operar sem a licença ambiental. Segundo a Companhia de Meio Ambiente, em 2020 houve a paralisação das atividades, até o ano de 2023.  Em fevereiro de 2023, solicitou uma nova licença, válida até outubro de 2025.

Em relação ao último caso de mortandade registrado, a Cetesb prevê aplicação de multa de até R$ 50 milhões.

Um mutirão realizado após a contaminação retirou quase 3 toneladas de peixes mortos do rio. O caso é investigado pelo Ministério Público e acompanhado pela Cetesb.

Desde o ocorrido, a empresa São José Açúcar e Álcool não se manifestou.

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