A construção de um novo manancial foi anunciada nesta terça-feira (2) pela Prefeitura de Campinas e o departamento de água, Sanasa, para melhorar o abastecimento de água na cidade.
Ele foi nomeado de Sistema Produtor Campinas-Jaguari e busca reduzir a dependência do Rio Atibaia.
Segundo a Sanasa, Campinas está localizada em uma área considerada de escassez hídrica, por isso uma nova fonte de captação para reduzir a dependência do rio Atibaia é importante para garantir a segurança hídrica da cidade, principalmente nos próximos anos.
Atualmente, 100% da água de Campinas é captada nesse rio, do sistema Cantareira, que abastece também a capital e outras cidades do interior.
Por isso, a implantação do novo manancial deve suprir a necessidade da população de mais de 1 milhão e 100 mil habitantes.
O presidente da Sanasa, Manuelito Magalhães Júnior, informou que o Município buscará financiamento em bancos privados e que não haverá reflexos na conta de água.
“Estamos prevendo mais de R$ 700 milhões em investimentos, mas isso vai ser detalhado com os projetos, que serão feitos este ano. Faz parte do planejamento a obtenção de financiamento para que isso se dilua na capacidade de pagamento da Sanasa sem onerar as contas de água”, falou o presidente do departamento.
A previsão de investimento para a construção do sistema é de R$ 750 milhões. O novo sistema contará com unidade de captação na represa Pedreira, com capacidade de retirar 2 mil litros de água por segundo, estação elevatória, adutora de água, estação de tratamento de água e uma subadutora.
O prefeito Dário Saadi salientou a importância do sistema de abastecimento de Campinas ser independente do sistema que fornecesse água para capital.
“É fundamental para Campinas, porque deixa de ter dependência de captação de água somente no Rio Atibaia e para de disputar água do sistema Cantareira com a cidade de São Paulo. Para a região metropolitana é importante porque em eventual crise hídrica a cidade pode buscar água no sistema Campinas-Jaguaré e liberar mais água do Rio Atibaia para as cidades da região”, apontou o chefe do Executivo.
Neste ano, os projetos de execução serão finalizados, além do início do processo de licenciamento ambiental, que deve tramitar até o próximo ano. Para 2025, além da conclusão do projeto, também preveem a licitação da obra. A expectativa é de começar em 2026 e entrega para 2028.