Sumaré: Famílias são retiradas da Vila Soma durante reintegração de posse

Na manhã desta quarta-feira (24), a Polícia Militar foi acionada para cumprir uma ordem judicial de reintegração de posse na Vila Soma, em Sumaré. Ao todo, segundo a administração, cinco lotes foram reintegrados. A operação foi pacífica.
Foto: Johnny Inselsperger/EPTV

Na manhã desta quarta-feira (24), a Polícia Militar foi acionada para cumprir uma ordem judicial de reintegração de posse na Vila Soma, em Sumaré. Ao todo, segundo a administração, cinco lotes foram reintegrados. A operação foi pacífica.

A área tem quase 1 milhão de metros quadrados, o equivalente a 140 campos de futebol. Essa não é a primeira vez que acontece esse tipo de ação na região.

O advogado das famílias informou que a reintegração é para retirar quem se recusou a assinar um contrato de alienação fiduciária sobre um imóvel que já teve o valor pago à associação de moradores do bairro.

Informou ainda que os moradores não tiveram a prestação de contas dos valores arrecadados, e estão sendo coagidos a assinar um contrato que força o pagamento de algo que já era deles.

Em 2019, houve um acordo que determinou que cada família deveria pagar R$ 250 mensais para ter a posse do terreno, até totalizar R$ 60 milhões. No ano seguinte, o processo que envolvia a falência da antiga indústria Soma, a compra da área pela empresa FEMA, e a destinação das famílias foi encerrado pelo Supremo Tribunal Federal.

Por meio de nota, a prefeitura de Sumaré informou que a reintegração é uma determinação judicial vinda do Ministério Público, depois de uma ação movida pela empresa, e que, mesmo não fazendo parte do processo, vai prestar auxílio às famílias que necessitarem, por meio da Secretaria de Habitação.

A comunidade existe desde 2012 e foi legalizada em 2017. A Defensoria Pública estima que, em toda a área, pelo menos 10 mil pessoas vivam no terreno.

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