O número de pessoas que entrou na Justiça para garantir tratamentos médicos ou ter acesso à medicamentos aumentou 182% na região de Campinas entre 2020 e 2023. O levantamento feito pela EPTV com base no Conselho Nacional de Justiça, se refere às 31 cidades de cobertura do g1 e não inclui processos para remédios de tratamento oncológico.
A Jessica Kowalczyk é mãe do Artur, de cinco anos. Ele fez um procedimento de transplante de fígado aos dois anos de idade e precisa tomar uma medicação para evitar a rejeição. Ela procurou a Defensoria Pública para tentar resolver a falta do medicamento.
A aposentada Daniele Cristina trata um câncer agressivo há quatro anos. Ela teve fraqueza nas pernas e precisou usar cadeiras de rodas.
Já a dona de casa Viviane Cristina é mãe do Davi. Ele tem uma síndrome rara, que causa convulsões. A família conseguiu uma liminar na justiça para receber o canabidiol.
Somando os processos contra o Estado e os que processaram os planos de saúde, em 2023 foram 1.520 processos abertos, um aumento de 176% na comparação com 2020. Neste ano, apenas nos primeiros seis meses, já foram acionados 824 novos processos.
O que diz o Departamento Regional de Saúde?
No caso do Davi, filho de Viviane, a Secretaria Estadual de Saúde afirma que vai tentar um remanejamento da medicação e avisar a família enquanto a situação não é resolvida. Em relação à medicação do Arthur, o estado disse apenas que está verificando a situação.