Estado anuncia medidas para enfrentar crise hídrica em Artur Nogueira

Cotrins é o principal reservatório que abastece a cidade. Foto: Estevão Mamedio

Desde o início de julho, o município de Artur Nogueira vem enfrentando uma severa crise hídrica, por conta do período de intensa estiagem. O governo de São Paulo decretou situação de emergência na cidade por conta da falta d’água. O decreto foi publicado em 5 de agosto, no Diário Oficial do Estado.

A medida tem validade de 180 dias e autoriza órgãos públicos estaduais a apoiar a população afetada do município.

Em entrevista à CBN Campinas, a secretária de Meio Ambiente do Estado, Natalia Resende, destacou que uma das primeiras medidas foi desassorear o principal reservatório que abastece a cidade, o Cotrins. Na prática, significa a remoção de areia do fundo do afluente, para garantir maior capacidade de captação e armazenamento da água.

“Já mandamos máquinas e começamos a fazer o desassoreamento do reservatório que tem lá, para melhorar a captação. Vamos retirar cerca de 13 mil m³ para ajudar na captação. A partir do momento que faço a melhoria de fluxo, consigo captar mais água para melhorar o abastecimento”, disse a secretária.

A chefe da pasta destacou ainda que, como medida imediata, tem encaminhado à Artur Nogueira caminhões-pipa, além de uma obra emergencial de canalização de quatro quilômetros para uma adutora, para ajudar a levar água à população.

O estado também informou que fará investimento para monitorar de forma mais eficiente os períodos de seca intensa, por meio do monitoramento de bacias e outros recursos hídricos. As medições serão feitas por um novo radar meteorológico que será instalado em Campinas.  

“Estamos fazendo um planejamento muito agregado à questão de bacias, para a gestão dos recursos hídricos. A região do PCJ (Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) é a segunda com maior escassez hídrica do estado de São Paulo, é preciso pensar nas ações de imediato, mas também nas ações de médio e longo prazo. Por isso, vamos desenvolver a operação do sistema adutor do PCJ”, pontuou Natália.

A reportagem procurou o departamento de água de Artur Nogueira para uma entrevista, mas o órgão preferiu não falar sobre a situação.

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