O ex-prefeito de Paulínia, José Pavan Junior (Mobiliza), foi condenado a 4 anos e 11 meses de prisão em regime semiaberto por gestão fraudulenta.
A decisão é da juíza federal Valdirene Ribeiro de Souza Falcão, da 9ª Vara Federal de Campinas.
A condenação se refere à acusação do Ministério Público Federal (MPF) de que Pavan, junto com outras duas pessoas, praticaram atos que causaram prejuízo de R$ 35,4 milhões ao Instituto de Previdência dos Funcionários Públicos do Município de Paulínia (Pauliprev).
De acordo com o MPF, a Pauliprev foi alertada sobre o alto risco de investir nos fundos ligados à empresa NSG, já que eles tinham sido recentemente constituídos, não contavam com aportes prévios, apresentavam baixa liquidez e multas elevadas em caso de resgate antecipado dos valores.
Segundo a acusação, cerca de R$ 38,3 milhões foram investidos por ordem do ex-prefeito e, um ano depois, o valor não foi totalmente recuperado restando cerca de R$ 35,4 milhões em prejuízos ao instituto de previdência.
Os outros dois condenados foram Luiz Eduardo Franco de Abreu, dono da NSG (empresa gestora dos fundos de investimento), e Esdras Pavan, ex-presidente da Pauliprev. Eles também foram sentenciados a 4 anos e 11 meses em regime semiaberto.
Na sentença, a juíza ainda condenou os três a ressarcir R$ 35,4 milhões aos cofres da Pauliprev. Eles podem recorrer em liberdade ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região, em São Paulo, segunda instância da Justiça Federal.
O Grupo EP procurou os advogados de Pavan Junior e de Esdras Pavan, mas não teve retorno. A reportagem tenta contato com a defesa de Luiz Eduardo Franco de Abreu.