Um homem de 20 anos, morador de Campinas, foi preso suspeito de armazenar conteúdo nazista e articular “possíveis massacres” contra minorias na internet. Ele passou por uma audiência de custódia nesta quarta-feira (14) e foi liberado em condição de liberdade provisória.
Os policiais chegaram até o homem através de uma denúncia, feita por uma agência de investigação internacional, veiculada ao Ministério da Justiça. O relatório da Divisão de Crimes Cibernéticos revelou que o jovem trocava mensagens com outros usuários com a “intenção de cometer atos graves de violência.
Segundo o delegado da Delegacia de Investigações Gerais de Campinas (DIG), Elton Costa, as agências internacionais investigavam o caso há pelo menos dois meses, notificando as autoridades brasileiras sobre o crime. Os policiais encontraram o suspeito em um posto de gasolina onde trabalhava. Ele confessou fazer parte de grupos neonazistas.
O delegado ainda conta que ele participava de grupos que disseminavam conteúdos com teorias de massacres e explica que o próximo passo da investigação é encontrar os outros participantes dessa comunidade.
À polícia, o homem disse que participava dessas comunidades “por curiosidade” e que pegava o material para fazer uma investigação contra essas pessoas, para que elas fossem desmascaradas. O delegado destaca que o homem foi liberado por conta da tipificação do crime.
Os familiares contaram à polícia que o homem tinha um comportamento estranho e acreditavam que ele era isolado por causa da internet. Com a investigação, a polícia encontrou um registro policial do 190 de aproximadamente dois anos atrás, quando suspostamente a mãe pediu socorro após ser agredida por ele.