Os moradores de Campinas que precisam usar a estação de ônibus do transporte público Cidade Judiciária têm reclamado diversos problemas em relação à infraestrutura do local e das condições dos ônibus que atendem esse ponto. Instalada em 2012, ela está localizada na Rua Comandante Ataliba Euclides Vieira, no bairro Jardim Santana.
A estação atende cinco linhas do transporte público municipal, a 345 – Jardim Carlos Lourenço, a 348 – Vila Marieta, 350 – Gargantilha, a linha 358 – Recanto dos Dourados e 359 – Jardim Esmeraldina.
Entre as principais queixas sobre a estação, os passageiros reclamam da falta de bebedouros e banheiros, já que algumas linhas de ônibus têm um intervalo de espera maior. Sheila Dantas é uma das passageiras que usa a estação com frequência e relata as dificuldades.
“Ontem o ônibus quebrou, hoje o ônibus quebrou de novo. Esse terminal é um terminal esquecido, sem banheiro, não tem onde beber água. Praticamente todo dia o ônibus quebra e quando quebra não tem ônibus reserva”, disse a passageira.
Atualmente, o preço da passagem em Campinas para quem possui o bilhete único é de R$ 5,45 e R$ 5,95 nas compras com QR Code.
Outra situação relatada na estação são problemas com a iluminação durante à noite, que segundos passageiros não está funcionando. A operadora de máquina Monica Chaves precisa passar pela estação todos os dias e já faz esse trajeto há um ano. Desde então, ela diz não ter visto nenhum tipo de melhoria.
“A noite eu já vim aqui e não tem iluminação, não tem segurança nenhuma para ficar aqui. Quando o ônibus quebra, às vezes colocam outro, mas se não temos que esperar até uma hora, que é a cada uma hora que passa o ônibus”, relatou.
Outra situação reclamada é sobre a frequência com que os veículos quebram, são os carros que fazem as linhas 350 Gargantilha e 358 Recanto dos Dourados. Os ônibus que atendem essas linhas quebram por conta da qualidade das vias de alguns dos bairros atendidos, algumas com estrada de terra, situação já evidenciada pela CBN Campinas anteriormente.
Os passageiros relatam que não são enviados carros substitutos e, muitas vezes, precisam aguardar até duas horas até o próximo carro que faz a linha, como conta a doméstica Denise Santos.
“Isso aqui tá abandonado. Escuro, perigoso, não tem segurança e ônibus você aguardando o horário, mas não chega porque quebrou. Você fica uma, até duas horas aguardando o ônibus. É um descaso com a população”, explicou Denise.
Em nota, a Emdec informou que as estações de transferência do transporte público de Campinas oferecem estrutura diferente dos terminais, mais enxuta, sem banheiros e bebedouros e que não há planos de instalação.
Sobre a manutenção da iluminação no local, informou que é de responsabilidade da concessionária de iluminação pública do munícipio e que encaminhou o pedido de conserto das lâmpadas à empresa.
Em relação às linhas 350 e 358, disseram que atualmente elas são operadas com veículos dentro da idade limite permitida no contrato de concessão. A renovação da frota deve ser realizada com a nova concessão do transporte público. Mas não informaram data prevista para o novo contrato.
Salientaram que as linhas operam em alguns trajetos sem pavimentação asfáltica, em área rural, o que ocasiona maior desgaste nos veículos; e a necessidade de manutenções mais frequentes.
A Prefeitura de Campinas disse que está desenvolvendo o projeto de pavimentação da Avenida Ivan de Abreu Azevedo e Estrada do Solar das Andorinhas, para futura execução. Disseram que fazem regularmente a manutenção das vias de terra com material triturado, mas também não informaram uma data prevista para novas melhorias.