Plataforma do Ministério da Saúde permite autorização para doação de órgãos de forma online

Foto: Ministério da Saúde/Divulgação

Mais de 43 mil pessoas esperam por um transplante de órgão no país. No estado de São Paulo, são pelo menos 20 mil que aguardam na fila para ter a vida transformada. O principal desafio é a quantidade de órgãos disponíveis. Por isso, os especialistas ressaltam a importância de comunicar a família sobre doação.

Para facilitar e incentivar às doações, o Governo Federal lançou neste ano a plataforma Aedo, que funciona como uma autorização eletrônica para doação de órgãos. Esse sistema permite que o próprio doador consiga manifestar essa vontade, sem a espera dos familiares.

A decisão para as famílias vem sempre num momento doloroso. Mas a perda de um ente querido pode ser ressignificada com a doação de órgãos, que pode salvar pelo menos seis vidas, que enfrentam a espera.  

De acordo com o Ministério da Saúde, em 2023, a cada mil pessoas que morreram no país, 14,5% poderiam ser potenciais doadores, mas apenas 2,6% efetivaram a doação. Somente no ano passado, 3 mil pessoas morreram pela falta de doação de um órgão. 

Com a nova plataforma, quem desejar ser um doador de órgãos pode manifestar e formalizar a vontade por meio de um documento oficial, feito digitalmente.

Na legislação vigente, quem autoriza a doação em caso de morte é a família do cidadão, que precisa estar ciente da intenção da pessoa em doar órgãos. Com a plataforma Aedo, a manifestação de vontade de ser um doador fica registrada em uma base de dados do governo, acessada pelos profissionais da Saúde.

Com o documento em mãos, a comprovação do desejo de doação do falecido é apresentada à família no momento do óbito, facilitando a doação.

Para realizar a Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos, o interessado preenche um formulário no site www.aedo.org.br, que é recebido por um cartório de notas escolhido.

Em seguida, o tabelião agenda uma videoconferência para identificar o interesse e confirmar a manifestação de vontade. Por fim, o cartório e o doador interessado assinam o Aedo digitalmente, que fica disponível para consulta pelos responsáveis do Sistema Nacional de Transplantes.

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