Polícia Federal prende mais um procurado da Operação Concierge

Foto: Polícia Federal

A Polícia Federal de Campinas prendeu mais um dos procurados da Operação Concierge, que investiga uma quadrilha que movimentou R$ 7,5 bilhões em crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro.

A prisão aconteceu em Votorantim, na região de Sorocaba. Segundo a PF, o homem atuava em uma das fintechs investigadas na operação.

Ao perceber a chegada dos policiais, o empresário fugiu para a mata atrás do condomínio onde se escondia, mas foi capturado.

O trabalho de investigação começou há cerca de um ano. A organização criminosa atuava por meio de dois bancos digitais com sede em Campinas, também chamados fintechs, sendo as empresas Inove e T10. Eles ofereciam contas bancárias clandestinas inclusive pela internet e, segundo a Polícia, não prestavam contas à Receita Federal.

As contas permitiam transações financeiras dentro do sistema bancário oficial, mas de forma oculta, de maneira que o dinheiro encaminhado ao banco digital fraudulento não pudesse ser rastreado após o envio dos valores a grandes bancos.

A PF identificou que essas contas foram usadas por facções criminosas, empresas com dívidas trabalhistas, tributárias e outros fins ilícitos. De acordo com a investigação, as fintechs estão abertas há cerca de cinco anos, mas as movimentações financeiras mais significativas foram feitas no último ano e somam R$ 7,5 bilhões de reais.

As contas bancárias eram anunciadas pelas fintechs como contas garantidas, porque eram invisíveis ao sistema financeiro e blindadas contra ordens de bloqueio, penhora e rastreamento. Elas funcionavam por meio de contas bolsões, sem conexão entre remetentes e destinatários e sem ligação entre correntistas e bancos de hospedagem.

Em nota, os advogados do Inove Global Group disseram que ainda não tiveram acesso integral ao conteúdo da investigação. A empresa nega veementemente ter relação com os fatos mencionados pelas autoridades policiais e veiculados pela imprensa. Também ressalta total disposição em colaborar com as investigações.

Os advogados ainda ressaltaram que o Inove Global Group é uma empresa de tecnologia ligada a meios de pagamento, e não uma Instituição financeira e nem banco digital. No entanto, essa alegação da Inove é contrária ao que a Polícia Federal afirma.

Ainda conforme a Polícia Federal, um investigado ainda é procurado. Todos devem responder pelos crimes de gestão fraudulenta de instituição financeira, operação de instituição financeira não autorizada, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, crimes contra a ordem tributária e organização criminosa.

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