As queimadas enfrentadas pelo Brasil há semanas influenciam no movimento econômico da agricultura e pecuária. A intensificação dos eventos climáticos desafia as previsões da safra 2024/2025. Atualmente, o país está registrando níveis de aquecimento muito além do que era antes. Fato que traz impactos significativos na economia, especialmente, no preço de produtos essenciais, além de agravar as questões ambientais.
A influência está na alta de preços de alimentos como açúcar, feijão, carnes, frutas e leite – que tendem a ficar mais caros devido aos incêndios que comprometem o solo das plantações.
Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento, o preço das hortaliças, por exemplo, é o que tende a subir mais rapidamente. O pesquisador da área de pecuária do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), Thiago Bernardino de Carvalho, explica a situação.
No caso da carne bovina, a redução da umidade e a incidência das queimadas afetam negativamente as pastagens, aumentando os custos de produção, especialmente em regiões sem infraestrutura adequada.
Já as proteínas suína e de frango, o impacto é mais brando. A razão é que na região sul, responsável por 70% da produção nacional dos produtos, a seca está sendo mais amena.
Dados do MapBiomas mostram o alto índice de queimadas em áreas de agropecuária de duas importantes cidades da região, durante os seis primeiros meses do ano.
A área total atingida por incêndios em Limeira teve uma alta de 1.593% no comparativo com o mesmo período do ano passado. Em Piracicaba, os dados indicam um crescimento de 707% nos casos de queimadas nos oito primeiros meses de 2024, quando comparado com o mesmo período de 2023.
