A Polícia Federal de Campinas prendeu três pessoas envolvidas na tentativa de fraude ao Banco Nacional de Desenvolvimento, o BNDES, no valor de R$ 300 milhões.
O delegado chefe do núcleo de inteligência da Polícia Federal, André Almeida de Azevedo Ribeiro, explica que essa é mais uma etapa da operação Concierge, que investiga a ação ilegal de fintechs, deflagrada no 28 de agosto.
O objetivo era a aquisição de um banco autorizado pelo Banco Central. O pedido foi baseado em documentos falsos fabricados pelo dono da fintech em conjunto com o contador e um lobista, que seria o responsável por fazer o “meio de campo” junto ao BNDES para aprovação. O pedido foi negado dias depois da deflagração da operação Concierge.
O delegado André Almeida conta que foram cumpridos três mandados de prisão preventiva, na cidade de Campinas, e dois mandados de busca e apreensão, um na cidade de Campinas e outro em Hortolândia.
Os investigados responderão pelos crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso, associação criminosa, obtenção de financiamento mediante fraude e advocacia administrativa, que tem penas máximas somadas que ultrapassam 25 anos de prisão.
O nome da operação, Woflie, foi dado por causa da forma como um dos investigados chamava o lobista durante a negociação.
O que diz o BNDES
Sobre os desdobramentos da Operação Concierge, deflagrada nesta quarta-feira (30), informamos que os mecanismos de controle e de governança do BNDES identificaram a tentativa de fraude. Com isso, a suposta fintech não foi habilitada e não houve nenhuma liberação de recursos.
O BNDES possui rigorosos e consolidados mecanismos de controle e compliance, que fazem com que a instituição tenha um índice de inadimplência muito menor do que todo o sistema financeiro.
Por fim, o BNDES parabeniza a Polícia Federal, que mais uma vez atua na defesa republicana do interesse público. O BNDES permanece à disposição da Polícia Federal, com que tem uma parceria estratégica, para colaborar com todas as informações que tiver disponíveis.