Abrir um negócio não é uma tarefa fácil, mas manter ele funcionando é mais difícil ainda. O empresário Jimmy Osiro abriu um negócio no ramo de alimentação como MEI, o microempreendedor individual, para quem fatura até R$ 81 mil reais por ano. Mas ele precisou encerrar o negócio ao passar por várias dificuldades.
O morador de Campinas Jair Brandão também era MEI há pouco tempo. Ele abriu um comércio de assistência técnica para celulares, mas também enfrentou dificuldades e encerrou o CNPJ. Agora, atua como corretor de imóveis.
Os depoimentos confirmam uma estatística do Sabrae relativa à taxa de sobrevivência das empresas: cerca de 38% fecham as portas antes de cinco anos de atividade. Nas cinco maiores cidades da região, o encerramento de MEIS registrou alta de 14%, de janeiro a setembro deste ano.
Em Campinas, foram registradas 11.915 baixas de MEIS, um aumento de quase 11%. Em Piracicaba, 3.382 microempreendedores fecharam suas empresas, o que representa 14%. Em Indaiatuba, foram 2.445 microempreendedores que fecharam as empresas, o que corresponde a 18%. Em Limeira, 3.116 MEIS fecharam, o equivalente a 17%, enquanto em Sumaré foram 3.031 fechamentos, correspondente a 23%.
O analista do Sebrae, Glebe Rossini, pontua que a principal causa para esses números é a falta de planejamento na hora de abrir o negócio.
Mas esse fechamento nem sempre é por um motivo ruim. Outro ponto que leva ao fechamento dos MEIS é também o aumento do faturamento, quando ele precisa mudar a categoria da empresa.
A microempreendedora sabe bem da importância do planejamento para manter o negócio de pé e, por isso, já projeta de forma estruturada o crescimento da empresa de roupas fitness.