Unicamp aprova cotas para pessoas com deficiência; medida vale a partir de 2025

Foto: Antoninho Perri

O Conselho Universitário da Unicamp aprovou a adoção de um sistema de cotas para estudantes com deficiência e que querem fazer algum curso na Universidade Estadual de Campinas. A nova regra passa a valer já para o vestibular de 2025. 

Pela decisão do Conselho, fica estabelecida a reserva de vagas para pessoas com deficiência em cada curso de graduação, sendo uma ou duas vagas por curso, ou até 5% do total de vagas, em caso de vagas adicionais.  

Elas serão disponibilizadas no Edital do Exame Nacional do Ensino Médio, sendo aberta a possibilidade de participação tanto para candidatos de escolas públicas quanto privadas. Conforme a organização, o candidato deve informar o tipo de deficiência e anexar documentos médicos que venham ser solicitados na inscrição.  

O diretor da Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest), José Alves de Freitas Neto, explica que o processo é gradual. 

A partir daí, vai caber à Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp, a Comvest, organizar um grupo de especialistas para fazer a avaliação do candidato e validar os documentos médicos apresentados. Essa junta será composta por profissionais especializados de diversas áreas. 

As unidades terão um cronograma de adesão

As unidades que não demandam adaptações significativas, como construção de laboratórios e aquisição de equipamentos mais complexos devem aderir em até dois anos.

Em um prazo máximo de até três anos, devem aderir as unidades que exigem algum tipo de adaptação e, em até cinco anos, aquelas que terão de promover adequações complexas, como a construção de laboratórios.  

Edital com informações

De acordo com a Pró-Reitoria de Graduação, no edital a ser lançado em meados de outubro, será conhecido o número de vagas a serem disponibilizadas pelos cursos. 

A Unicamp é a primeira das universidades estaduais públicas do Estado de São Paulo a adotar o sistema de cotas para pessoas com deficiência.  

De acordo com dados da Diretoria Executiva de Permanência Estudantil, a Unicamp tem hoje com 123 alunos que pediram atendimento especializado para os órgãos de apoio da Universidade. Destes, 90 pertencem ao chamado espectro autista. 

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